a saudade iminente já me aflige
o final é sempre mais intenso
horas de carícias se esvaem
o sofrimento é sempre propenso
como me dói a partida
e a incerteza do próximo olhar
por mais que sempre vá embora
séssil, estou a te esperar
agonizante se torna um simples adeus
a falta do seu calor me dilacera
vazia sem a segurança do seu toque
se arruina toda minha figura austera
admirável como me transtorna
essa sua apatia passional
suas mãos, meu corpo contorna
sinto-me viva, sem igual
ah, sua respiração eu sinto
deliciosa, ofegante em meu pescoço
amor como este está extinto
é, da perfeição você é meu esboço
(meu sentimento mais singelo
é, como por este amor eu zelo).
lundi 18 juin 2007
furto da vida
a dependência acaba, arruina
de tão mortos, se deduziu chacina
perda de tempo, confraternização humana
herege prefiro a ser com uma vida profana
de tão mortos, se deduziu chacina
perda de tempo, confraternização humana
herege prefiro a ser com uma vida profana
jeudi 14 juin 2007
rimas pobres não chegam a me corromper
de estradas que nunca atravessei
o itinerário surge em minha frente
gosto de ser manipulada mesmo quando
a dúvida me mata cruelmente
a ansiosidade e a obsessão já se apossaram
de todo o vazio da minha imensidão finita
chegam a perfurar o âmago do ser
oh sentimento cujo nunca verei a partida
cansada estou de tal instabilidade
a espera que não leva a nada
passo a diminuir, cada dia
mais próxima da morte sou levada
rimas pobres não chegam a me corromper
o itinerário surge em minha frente
gosto de ser manipulada mesmo quando
a dúvida me mata cruelmente
a ansiosidade e a obsessão já se apossaram
de todo o vazio da minha imensidão finita
chegam a perfurar o âmago do ser
oh sentimento cujo nunca verei a partida
cansada estou de tal instabilidade
a espera que não leva a nada
passo a diminuir, cada dia
mais próxima da morte sou levada
rimas pobres não chegam a me corromper
passagem subterrânea
21h
Um silêncio e um vazio encorajadores dominam a cidade. Todos trancafiados em suas moradias, assolados pelo medo do suposto perigo mortal.
Será que não percebem que eles próprios são o perigo? Estão destruindo suas mentes, corpos e essências com tal precaução. Privam-se de viver para viverem mais.
Viver ou vegetar? Será a morte tão ruim a ponto de seguir com tal sofrimento entediante que é a vida imposta? É a vida tão importante assim?
A humanidade segue com essa estupidez chamada vida precavida na crença de que, ao alcançar a senilidade, entenderão a vida em si.
Pois, não vão. Nunca vão. Como compreender a vida se nunca a viveram, se restringiram a teorizá-la?
Erros fatais da humanidade.
Um silêncio e um vazio encorajadores dominam a cidade. Todos trancafiados em suas moradias, assolados pelo medo do suposto perigo mortal.
Será que não percebem que eles próprios são o perigo? Estão destruindo suas mentes, corpos e essências com tal precaução. Privam-se de viver para viverem mais.
Viver ou vegetar? Será a morte tão ruim a ponto de seguir com tal sofrimento entediante que é a vida imposta? É a vida tão importante assim?
A humanidade segue com essa estupidez chamada vida precavida na crença de que, ao alcançar a senilidade, entenderão a vida em si.
Pois, não vão. Nunca vão. Como compreender a vida se nunca a viveram, se restringiram a teorizá-la?
Erros fatais da humanidade.
dimanche 10 juin 2007
dimanche 3 juin 2007
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