jeudi 29 avril 2010

cassis

eu perco a liberdade de sofrer e nela me aprisiono ao calor do primeiro sussurro que ao implorar a permanência eterna me abandona persistentemente.
me derreto em licores ao calor no frio, o arrepio do toque da boca macia na pele, da mão que perpassa o contorno estelar e ao fim se reencontra e encaixa em minhas mãos.
o suor que se confunde ao meu e exala essência da unidade carnal, que salga minhas papilas e salpica meu corpo de outro que sou eu.
o aperto que se iguala, de carne e de vazio, de ausência e de presença, que me sufoca na carne macia e acaricia, chamega, acalanta... amansa. amansa o corpo, os anseios ânsias e exalta acalmando paixão.
continuo com o sussurro aveludado ressoando ao meu ouvido, das frases perdidas retumbando no labirinto. ne me quitte pas... ne me quitte pas.. ne me quitte pas...
desde o primeiro bailar de dedos você já me abandonou.