lundi 12 mai 2008

ácido fluorídrico (sem polietileno como isolante)

ódio. pesar. gotículas salgadas que escorregam das órbitas.
quando será o estopim? há décadas estou cansada disso tudo, mas continuo nessa lúrida decadência, repetindo compassadamente esse sofrimento tétrico.
relacionamentos sociais são reflexo da busca incessante pela dor. é demasiadamente destrutiva essa renúncia, estou engasgada de tantas mágoas engolidas, escondidas em minha garganta.
quero gritar, vomitar tudo. excretar tudo que há de ruim em mim, dissolver minha existência em ácido.
desintegrar tudo é meu desejo mais profundo.