dimanche 22 août 2010

19-21

erupção desenfreada do mundo que transborda dentro de si, tanta informação, dor, prazer, vida morte e desejo escorrendo por todos os poros, queimando toda epiderme, despejando o que de fora mora dentro.
vontade de tudo ao mesmo tempo. atordoa e desnorteia, é pura produção. o processo que tem o fim em si e não cessa de gerar.
queima quem está em volta. tanta lava petrifica os outros. não há como acompanhar o fluxo sem se perder. a impossibilidade de codificar visões do mundo que coexistem e se penetram mutuamente.
com viver sem o medo da vida, e venerar o prazer usurpando a dor? evitar uma representação extática de si mesmo, evitar uma representação de qualquer modo.
movimento incessante, redemoinho na tormenta que de todos furta o chão.