jeudi 17 décembre 2009

cumus

o barulho do mar, o cheiro de vento salgado. não mais me lembrava de quanta tristeza cabia numa solidão. o amor que se revela repentino, meio a mata mangue mar, sob o escuro pipocado de estrelas e a luz que ilumina o movimento das ondas.
a brisa da maresia fuma o meu cigarro enquanto penso que esqueci como é não estar na multidão. o meu eu pequeno, ínfimo na vastidão baiana de água terra e sol (lua, na ocasião) é temeroso enquanto prazeroso.
meu corpo é granulado de areia e sal.

samedi 5 décembre 2009

coxasobrecoxa

o vazio é lugar de palavras como as pernas abertas, esfaceladas, nervosas, num contato de movimento contínuo e musical com o chão. as pernas sozinhas, maquinadas. sem corpo mas vivas. enfeitiçadas, magia da epiderme, que magnetiza mãos sedentas, insaciadas. como palavras, que farejam paredes guardanapos e extratos bancários, mãos buscam pernas abertas e coxas emberbes.