lundi 19 janvier 2009

odisséia individual

aquela impotência. aquele círculo sem fim de privação, de cotidiano, monotonia rotineira. a angústia pelo novo aflora cada vez mais e mais e mais e mais. e grita. no extremo agudo, azucrina meus sentidos. e sufoca. e para no fundo do poço, de novo ao cárcere circular.
até as palavras são as mesmas. a paisagem então, o mesmo cheiro. epifania da amnésia.
os mesmos dias, o mesmo tempo. imutável e infindável. continua aquele suplício, o ouvir mínimo da faca ao adentrar. sentir o alargar dos tecidos, células epiteliais. o corte vai profunda, rasga, esgarça e estira tudo. o vermelho-sangue tudo inunda.
a cor viva da morte nos afoga.