samedi 29 mars 2008

cigarrillos

o fumo é o suicídio contemplativo. enxerga-se a lenta aproximação da morte, sem pressa.
delicia-se com cada chaga, úlcera e ferida. sente-se o leve e sutil penetrar do fim.
conforta-se com a perda vagarosa dos órgãos salutares, evidencia-se a dor provocada, o real masoquismo.
a cada tragada, sinto-me mais perto da morte. que sensação estonteante!

mardi 25 mars 2008

tearing apart

é impossível suportar o peso da própria existência. as mazelas são um fardo que só nos permite seguir uma direção: o fundo do poço.
estamos todos sujeitos às leis físicas. a gravidade só nos puxa para baixo. a gravidade é a constante da decadência.

vendredi 14 mars 2008

rising sun


double pack paradoxal

tento engolir o ar, mas não consigo. a aflição me domina, súbito. estou sufocando, meus pulmões afogando. vejo a refração nas burbulhas da morte. às contemplo. é tempo de contemplação. tempo de retlhação. tempo de redenção.





ah! como apreciar as minuciosidades do mundo me relaxa! passear pelo verde distinto e singular das gramíneas, sentir o leve formigar do estalo dos dedos, me embriagar com o doce odor das flores emberbes... como tudo desperta e renasce minha vontade de viver. viver devagar. um de meus paradoxos.

essas paredes são cárceres de pensamento.

samedi 8 mars 2008

palavras favoritas

meus pensamentos não mais transbordam. ultimamente, nem mais pronunciam-se.
essa idéia fatalista de que viver é agonia prende-me na estagnação, no estupor da depressão.
até a melancolia nostálgica dói. dói pensar que fui subitamente feliz. dói pensar que descartei tudo. dói gostar de doer.
não me deveria ser atraente sofrer.