mardi 24 juillet 2007

olhos nos olhos

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos no olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Ce sabe a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

(chico buarque - 1976)

-

verdades indubitáveis foram ao chão
toda credulidade conquistada se esvaeceu
nossa cumplicidade mostrou-se fajuta
à entropia nossa vida se rendeu

fez do meu ser uma simples piada
com seu tom jocoso, me reduziu à lixo
vingança por ter uma vida fracassada
despedaçou minha vida por puro capricho

novamente, sem mim segue seu rumo
nesse cotidiano deveras monótono
com o arrependimento, se entrega ao fumo
deplorável, com o desprezo uníssono.

(enorme desgosto por perder meu precioso tempo com essa ilusão hipoteticamente real)

¨¨

não posso desistir de mim
para sustentar o nosso crepúsculo
nunca imaginei existir um fim
para o nosso imenso amor vadio,
infelizmente, o teu perdão foi tardio.

como fostes o criador de minha alegria?
havias criado minha crença no amor
e apenas, no passar de um dia
mostrastes tantas faces desconhecidas
sumistes com todo o nosso fervor.

agora, não sabes como sinto tua falta
tudo em mim dói sem sua presença
pior, é não poder te aceitar de volta
pois assim, trairia minha consciência.

(para as palavras que nunca deveriam ter sido ditas)

post scriptum: (e os atos nunca necessários)


é, realmente a sociedade moderna é fruto da probabilidade