jeudi 31 mai 2007

novos frutos da modernidade.

Você abdicou toda sua grandeza em nome da mais abominável "virtude". O conceito que suga todo seu conteúdo, o qual todos no caminho pela busca acabam por entregar a vida.
Agora, sente-se no mais mórbido e profundo vazio. O consumismo aniquilou seus bons sentimentos. Simplesmente, tornou-se vítima da maior praga da humanidade: a estética.

Você se vendeu para o demônio, personificação da vaidade. Assim, adquiriu o meu desprezo.

perdi uma parte de mim.

mardi 29 mai 2007

incoerência

A atração por novos sentimentos, sensações, é fascinante. Porém, tudo pára num momento: está a se enganar?
O amor como arquétipo é eterno, mas a partir daí é inexistente. Como saber se o que sinto é o amor, sendo o "amor" real tão subjetivo?
Não passa de uma necessidade egoísta de se preencher, se sentir bem, ter um sentido. O amor é fruto do egocentrismo, serve para forjar uma razão existencial.
Como se entregar passionalmente a tal sentimento corrupto e sem sentido moral? Não passa de meras ligações neurais e serotonina. Não passa de perpetuador da espécie, agente para adequação.
O amor é incoerente.

lundi 28 mai 2007

needs

Você me dilacera por dentro
você cria meu apelo aos clichês
toda sua bondade, magnitude
tudo ao meu ódio nutre
extrema paixão por ti.

Como poder ser tão virtuoso
ah, como odiar-te me faz mal
quando sei que és melhor que eu
pois minha solidariedade já morreu
ah, como odeio te amar.

que essa melodia amenize meu sofrimento

Todos os pensamentos
insólitos
que habitam minha mente
são frutos do teu ardor

Em cada momento
mero segundo
da minha existência, almejo
ser digna do teu amor

Homônimo esse, destruidor
de ambições praticamente
hipotéticas
Homônimo esse, provocador
de tal enorme, intensa
maldita dor.

dimanche 27 mai 2007

maçã

A solidão é aterrorizante. A idéia de permanecer sozinha na multidão me parece tão quanto sufocante, a presença humana é sufocante.
Por mais que a auto-suficiência fosse idealizada e que a interferência das pessoas - seja - insuportável, a melancolia da solidão é mortífera ao meu ver. Assim, o convívio social tende a ser estranhamente incompreensível, frente à mediocridade e oportunismo humano.
E quem diria que passaríamos por isso tudo apenas para não morrermos sozinhos?