dimanche 26 août 2007

samedi 18 août 2007

quero regar minha vida com o caos, venerar a desordem de tudo, fazer do anti-sistema minha realidade. é deveras cansativa a monotonia do correto, certo, direito. não me leva à lugar nenhum.
quero o novo intenso, conhecer a desestabilidade, flutuar de extremo à extremo. canalizar todas as coisas, conceitos, concepções e me personificar a negação.
quero ser a contradição.

vendredi 17 août 2007

gramaticalmente incorreto

me atraem as peculiaridades humanas. os defeitos, perversões ou feridas e tudo de depravado quanto a sociedade. é horrendamente belo o "erro" humano, a marginalidade quanto a perfeição.
tal magnetismo me fascina, as fraquezas do ser parecem me completar. contemplar tais míseros problemas faz-me sentir viva, palpita meu vascularizado músculo e pulsa minha hemoglobina.
as ditas virtudes, irrefragáveis e irrefutáveis valores, são os que apodrecem a identidade. o bem chega a ser uma alienação, uma mísera linha de produção, todos com a validade vencida.
essa é a minha exaltação ao errôneo, meu ode ao errado.

nosocômio

um odor horrendo de assepsia infecta esse local. todo esse branco, verde, cinza, cegam aos poucos minha clareza mental. esse som, tumulto de moribundos nojentos, para minha audição é fatal. manadas de corpos em putrefação, a vista dessa decomposição é letal. não há lugar mais desprezível, deplorável e penoso do que se demonstra este hospital.