dimanche 22 février 2009

solitude

a potência suicida aflora ao soar da primeira simples nota. torna-se desnecessária e dispensável a imponência e magnitude catastrófica do acorde.
na solidão a cinza primavera nasce. regada a cerveja e alcatrão, ela lavra, prepara e semeia o terreno, pequeno jardim individual, da destruição.
com seus míseros três minutos e meio destrói uma vida. que se recompõe novamente ao próximo arfar da bateria.
a inquietude prevê e precede a paralisia da solidão. abundância que escorre de tanto eu. ramificações cada vez mais vazias e cada vez mais complexas na constituição do eu individual.
eu individual que sozinho sou todos.
seis minutos de dor.