samedi 14 mai 2011

prelúdio à morte de deus II

alzira
no corpo
explode

de tanta
languidez

alzira
na alma
remonta

a um canto
de altivez

a decomposição - suave - de alzira
é canto celestial da laconicidade
e desinteresse
de deus.

prelúdio à morte de deus I

alzira acordou. abriu os olhos penosos e pensou: - merda. pôs um pé no chão, depois o outro. sentiu alguns farelos desconhecidos esparsos no piso.
levantou e foi escovar os dentes. malograda, se desmanchou durante o caminho e se decompôs com os dentes ainda sujos.
no seu funeral, não houve caixão branco.