samedi 31 décembre 2011

estrada
hiato eterno
que leva o nada
a lugar nenhum

ponteiros não passam
vento não sopra
as folhas permanecem no mesmo lugar

vácuo.
tempo suprimido
no vazio da locomoção
e eu li e vi você sangrando no papel em todas as páginas onde as gotas de sangue não cessam de proliferar. meus olhos vagaram a fio procurando por mim no seu sangue pisado estancado em papel, mas nem em sua memória sobrevivi.

jeudi 8 décembre 2011

escorre, corre

o corpo que petrifica diante do mundo que não cessa um segundo, se torna imóvel pela hipertrofia de movimento. o choro jorra natimorto, seco desde a geração; o pensamento autofágico, de turbilhão canibal; o abscesso que apodrece por dentro, putrificando pele sã; os rasgos, messiânicos, permitindo o êxodo das vísceras. os dentes deram lugar às gengivas sangrentas, sou apenas filetes tentando escapar.

pra dedos que desaprenderam a escrever

eu me sequei e fiquei tanto tempo assim, aberta, que de tanto evaporar tudo puiu. e as longas sinfonias mudas, os quadros púrpuras de hematomas, o etanol intravenoso hidratando a amnésia... descascaram minha face. sem rosto nem traços, vulto no papel em branco, na noite fosca. esqueci como era enxergar a pele homogênea, o corpo unitário, a cidade fora das chamas. meus olhos se tornaram cinza-escuro, meus cabelos nublados, e a pele, granizo espatifado. meus gritos, trovões engolidos. e a tempestade não cessa de desabar. cicatrizes são sequelas de quem realmente morreu.

vendredi 14 octobre 2011

riscos vermelhos ornam a pele cansada, que não mais sente a chuva que lava a podridão. bancarrota putrefata exala morte a cada esquina inexistente e deixa o céu de baunilha liquefazer bueiro abaixo.

lundi 25 juillet 2011

mioma

tomo uma brisa nesse frio sem meias, quero ver se espaireço. brisa amarelada, repleta de bolinhas sedentas pela superfície. assim como você ontem e sempre, buscando a superfície da alta embriaguez. trôpego e titubeante, seus olhos tem menos brilho que a brisa. não tem foco, não tem destino... perdidos na imensidão do ar. juras amores promessas se liquefazem num álcool amargo intragável. bafo de morte, gosto sepulcral. e a dor do câncer, perene... ubíquo... não deixa o amor liquefazer também.

lundi 11 juillet 2011

memórias subterrâneas

eu não aguentava mais trabalhar naquela catacumba. tijolos cor de barro dispostos por toda aquela imensidão vazia, os espaços sempre enevoados como se tocasse o réquiem de um apocalipse zumbi. trabalhava ali em meio à poeira e ao nada, retirando cultura debaixo dos tacos. milhares de livros, cds, documentos. todos subterrâneos, proibidos. já não me lembrava há quanto tempo não sentia o cheiro do sol.
também não me lembro como aconteceu. refugiada ali naquele submundo, não me recordava como era uma feição humana, uma face.o estranhamento foi enorme ao ver adentrar no meu sepulcro uma coisa além de névoa. era um amontoado de carne, ossos e pelos. um rosto bronco, repleto de barba. não sei se era ele alto demais ou eu alta de menos. nós não nos falamos. nem um balbucio. gaguejo. nada. ele me olhou com seu olhar pleno de ébano. era como se fosse um autômato, ou então com tanta vida que eu não conseguia identificar. era como se me lesse inteira por dentro, e soubesse melhor que eu o que eu queria e deveria fazer. foi quando eu resolvi me entregar.
nos encaramos por mais alguns diversos instantes, um fotograma que se repete por toda eternidade. ele agarrou meu braço e me puxou para fora da imensidão da minha sala retangular. redescobri a escuridão do corredor que leva o mundo exterior a minha catacumba. tanta poeira que gravava as marcas de nossos pés. a marca dele era grande, pesada. me dava tanto medo quanto segurança. continuamos penetrando a escuridão e chegamos num hall. uma cadeira antiga, duas paisagens pregadas na parede. o vidro estava estilhaçado pelo chão e a clarabóia apoiava uma escada. subimos. rememorei o cheiro de sol e quase me ceguei com os reflexos dourados na névoa. tudo ao mesmo tempo. ele sibilou sua primeira palavra - toma. sua voz era determinada, linear, ela já tinha atingido o que ele planejava. ele entregou em minha mão dois brinquedos estranhos. um, tinha formato de controle remoto, um botão parecido gatilho atrás e na ponta ia se tornando mais grosso. outro, parecia pingente com uma luz vermelha passeando nervosa dentro de uma cápsula transparente.
a curiosidade pelos brinquedos passou e deu lugar a curiosidade pelo mundo. estávamos num prédio com poucos andares, estranho, com várias aberturas para o céu e jardins extremamente vívidos. transeuntes passeavam no piso que era o teto da minha catacumba. me senti como a toupeira que vê o sol e queda cega. essas pessoas também pareciam autômatas, mas sem o magnetismo daquele que me buscou. era como se nem notassem minha palidez de quem há anos não vê o sol.
ele encostou na minha mão. firmávamos um pacto. corporal, de morte e vida. ele colocou sua mão em volta da minha, com o controle remoto no núcleo, e apontou meu braço na direção de um casal que passava conversando ao lado. apertou meu dedão no gatilho. os quatro pés ao nosso lado distanciaram-se do chão, os milhões de fios de cabelo desobedeceram a gravidade e os dois corpos contorceram-se no ar por volta de três minutos. caíram como fruta madura.
fui embalada por uma deliciosa gargalhada, quando percebi que além de tanta vida transbordava morte naquele homem barbudo. me senti seduzida de corpo e alma por aquele tânatos-eros ambulante, e não consegui evitar uma deliciosa gargalhada que pareceu permanecer por toda eternidade.
tudo me pareceu claro nesse instante. usaríamos os dois brinquedos que havia me dado em quantas pessoas nos apetecessem e depois sumiríamos. viraríamos pó. e eu aceitei.
antes de me ensinar a manusear o que parecia um pingente, ele novamente me paralisou no olhar e disse - morreremos juntos. concordei tacitamente apenas com o brilho louco de explosão no meu olhar, era tudo o que eu sempre quis e somente o que eu faria.
o outro brinquedo era como laser de criança, o qual me lembro remotamente como adorno de crianças endiabradas. já o laser que do meu pingente transparente saía não era como o das crianças insuportáveis, para mirar nos olhos alheios apenas para perturbar. o meu fatiava em desenhos inimagináveis feitos apenas pelo meu balançar de mãos qualquer corpo que eu apontar.
fatiamos mais algumas pessoas que por nós passavam e saímos correndo pela grama, rumo a uma subida. toda a determinação e certeza que me apossavam começaram a desaparecer a cada passo. o que eu estava fazendo não tinha volta. era pacto com a morte.
fui tomada de súbito pela desorientação. não quero mais. na verdade, nunca quis. fatiar corpos, torturar pessoas. que inferno eu fiz?
começamos a ser perseguidos por duas mulheres. até agora não entendo porque não abusei da fatalidade dos meus brinquedos para acabar com elas. talvez fugir, não sei.
ele novamente apertou minhas mãos. dessa vez, a aflição dominava sua voz, o tom era alto, mas quase uma súplica - MORREREMOS JUNTOS, MORREREMOS JUNTOS. as mulheres se aproximavam mais e mais e mais. ele suava frio e seus olhos vidrados me refletiam como se eu fosse o nada. colocou o controle remoto na minha mão, o pingente na dele. eu não queria mais morrer, tinha tanta coisa pra viver no mundo, tanta coisa pra fazer das quais havia esquecido enquanto encarcerada naquela biblioteca subterrânea. muito menos queria ter matado, não sei de onde brotaram as gargalhadas que acompanhavam o esfacelamento dos corpos. só ecoava pelo meu crânio o arrependimento.
ele apontou o pingente para minha cabeça, e com os olhos marejados, balbuciou - morreremos juntos.
acordei.

lundi 20 juin 2011

quisera eu te fagocitar
pra poder te ver toda vez dentro do espelho e te quebrar em mil pedacinhos
nos meus 42 anos de azar.

mercredi 15 juin 2011

será que perecerei nesse eterno atraso da anterioridade de 20 pedras?

reflexos vazios

e aqui me sento, em meio a essa areia microgranulada que tende em pequenez ao infinito, fecundada pelo seco (curiosa essa proximidade do teclado entre o c e o x) horizonte prenhe de azul que já foi virginal, mas que hoje é melangé com o calor que insurge do fulgoroso liminar das alucinações terrenas.
minha epiderme granulada se afunda ao contato com os ardentes microgrãos do deserto, minha pele se torna tela do baixorelevo da dor. não há nada além de mim e do tudo. minha solidão é coroada com espelhos que só refletem

o nada,

samedi 11 juin 2011

estátua

debaixo do céu de baunilha, deixo os poros abertos para ver se ainda sou capaz de sentir algo. largo meu corpo ao relento, ao ar gélido que me lembrará se fui capaz de me anular.
sinto o frio, mas gosto. congelaria ali deitada no banco espesso, sem cor nem vida como eu. contemplo a efemeridade do róseo no céu, mas tudo sempre se torna cinza. a eternidade é cinza.

vendredi 10 juin 2011

ferrões

e a gente é tanta água que se afoga um no outro, engasga de ânsias e saudades e vermelho. tanto vermelho vida morte que cega por exuberância de visão. e eu choro choro engasgo. o meu conforto é saber que o sal do meu pesar é prévia do teu degustar.

maio viscoso

aos poucos o corpo perde a voz, esquece o que sente, pulsa e vive. a morta se aprochega lentamente, não se faz ver nem ouvir. é o esquecimento que esgarça as juntas, afrouxa o colágeno e o que um dia foi a unidade.
o corpo, que mantinha dicotomia completa, que era veículo no mundo e ponte do sentido, entrou em coma. não sente mais.
perdeu sua viscosidade, seu sabor de lenta decomposição, seu sangue salgado se transmutou em ralo líquido avermelhado.
só se dorme. não se sonha.

samedi 14 mai 2011

prelúdio à morte de deus II

alzira
no corpo
explode

de tanta
languidez

alzira
na alma
remonta

a um canto
de altivez

a decomposição - suave - de alzira
é canto celestial da laconicidade
e desinteresse
de deus.

prelúdio à morte de deus I

alzira acordou. abriu os olhos penosos e pensou: - merda. pôs um pé no chão, depois o outro. sentiu alguns farelos desconhecidos esparsos no piso.
levantou e foi escovar os dentes. malograda, se desmanchou durante o caminho e se decompôs com os dentes ainda sujos.
no seu funeral, não houve caixão branco.

mercredi 6 avril 2011

cachée

convulsões da inquietude ou letargia do tédio? a arte se espreita por essas fendas, e, de tanto esgueirar-se por tais metafísicas frestas, a preguiça quebrou o pescoço.

samedi 2 avril 2011

a um falecido desconhecido canino

olhos marejados de incerteza que titubeiam pela casa escura e vazia, se cegam com a profusão de vida e morte mesclados em cores ofuscantes. a vida deveria ser tanta morte, mas morte boa. morte própria, visceral, validada por algo que nunca saberei o que. essa vida de metadiálogo polvilhada com o impessoal da pior espécie é pior que empalhamento, onde perdura pela eternidade o que não aguenta mais ser visto.

mercredi 16 mars 2011

sanglots

não caibo mais dentro de mim. transbordo e me desmancho geograficamente pelo globo inteiro, me fragmento e não me encontro em lugar algum. sou estrangeira em toda e qualquer cidade e nativa de todas as terras. sou estrangeira no meu próprio corpo e sou criadora do mundo. a correria me entedia mas o acaso me fascina. sinto preguiça de respirar mas tenho ânsia de engasgar. quero comer soluços e beber lágrimas. o desprezo enlaça tudo e me esquece num bunker sarcofágico antinuclear.

mardi 15 février 2011

pont-neuf

é bom saber que você sente falta do meu cheiro de mim mesma do mesmo modo que sinto falta da sua pele áspera e do seu cheiro de você mesmo. mas eu lembro do seu corpo, e da sua saliva de você mesmo que vira eu mesma num certo ponto e começo a desesperar. que nem quando escuto nina simone e só me vem seu corpo me enlaçando dentro de minha cabeça. passei meses sentindo seu cheiro em todo lugar e usando suas roupas pra voltar a ser você mesmo sendo nós dois ao mesmo tempo, e em todas as palavras só conseguia enxergar tua poesia. o você eu mesma foi se dissolvendo mais a cada dia, você esvaia de mim e se infiltrava nos bueiros nessa vida de rato sujo e mutilado. a gente sabe que nos mataríamos eventualmente. eu a você e você a mim, como se fossemos um só cadáver ao mesmo tempo. eu queria ser suficientemente você pra poder tirar a sua vida, e com ela pra mim você tirar a minha, e a gente ficaria nesse ciclo suicida eternamente, cada um com sua alma que é do outro mas minha sua do mesmo tempo. moraríamos na pont-neuf, bebendo vinho barato e nos mutilando juntos, brincando de atirar pelos ares e brincar de bola de gude com globos oculares.
você vive com tanta urgência que acaba por nos matar.

lundi 14 février 2011

glub

faz bolinha, deixa afundar.
mas as costas grudam antes do ralo se aproximar.

mercredi 2 février 2011

fui soterrada por um deslizamento de vivências provocado por percussões nostálgicas distantes.

dimanche 30 janvier 2011

há um ano, embriaguez e amor

bárbara b
to -----

show details 1/30/10

sabe, o que a ebriedade me lembra a todo momento epifânico é que o que dói é a virtualidade extrema, é o não saber se o que existe é ou apenas se refugia no deleite da imaginação. nunca sei se o você-celui-là é de verdade ou se é devaneio meu. nunca sei dizer se o que te digo ou supostamente ouço é verdadeiro ou se foi apenas cria dos narcóticos. eu queria que você existisse de verdade, mas até agora, ante a vigília ou o onírfico, e a embriaguez e a sobriedade, eu não sei se existe ou não. e isso dilacera sabe, isso degola toda a volição, e se alimenta da indecisão, e do estado estático e lacônico do não-ser. e explodde sinmplesmente na euforia raivosa, plena de ira, da condição de não ter noção do que se é e que se espera; não se sabe se se pode esperar ou almejar qualquer coisa, e mesmo com a tentavia de escurraçar toda esperança maldita, sobra aquele resquicio de que uma miragem desértica pode aparecer a qualquer momento e te enlaçar como se não oucvesse amanhã. é isso que dói, entende. é isso que gera toda ira irascível e toda a insuportabilidade etílica que eu despejo sem ou com querer. chega no apice de reflexão do queria ou não que existisse. porque dilacera sabe. a carência que se acostuma com um ser (que eu queria exemplixar com um adjetico mas só lembrarei na sobridade), um ser que teoricamene me faz bem e me acalenta no mau (mal?). mas aí vc some quase definitavamente e aparece, e isso me dói.. não consigo lidar com a alteridade inconstante, o meu próprio me dói constantemente e me lança, jeter literalmente na merda, na vontade contida e no desejo contido. e vc aparece ai, resplandecente no vazio, como se estivesse sempre ai.
então, ou seja ou não seja. ou apareça ou não. me martiriza essa impossibilidade, esse lugar da ausência que resta no limbo dae xistencia. ou se é ou nao se é. não que eu queria cair num parmenidizianismo. mas mesmo num heraclitsmo, que seja um devir que não alimente minha destruição, pq to exausta de nao conseguir lidar com a solidao e cair na multidao dentro da embriaguez e da cocaina, e acordar no dia seguinte com hematomas passeando pelo meu corpo e uma dor "moral" que nunca sei ex´plicar.

vc pode (ou deve) ignorar tudo isso que digo, mas nao sei, exista mesmo, por favor.
se vc nao quiser nao precisa existir, mas poderia ao menos se misturar à nevoa.
foi mal por sei la
je danse, donc je suis, c'est vrai
excusez-moi
desculpe por tentar poetizar e dramtizar tudo
msa vc ha de concordar que a poesia fala alem do que a vida eh, do que a vid almeja
c'est ça.

lundi 24 janvier 2011

redondidade alva e polida

seu cheiro ecoa, ressoa em meus ouvidos e a cada palavra tua sibilada fico envolta por tua alvura de pureza. cada letra que leio encarna tua face, e cada tropeço teu encadeia meus pontos finais. essa essência se apodera de tudo, e toda percepção é reflexo teu. me acalenta teu canto de pureza seminal.

dimanche 23 janvier 2011

bêbada de água suja

tenho medo de encostar nas coisas e sentir de novo a tatilidade do real. tenho medo de tomar banho e descorar como guache sobre tela. tenho medo de abrir minha bolsa e ler recibos que me registraram lá. tenho medo de olhar pela janela e não ver o mar. tenho medo da brahma voltar a ser ruim. tenho medo de enfrentar a arquitetura fascistóide do olhar incisivo. tenho medo da ducha quente e da noite fria.

arpoaDOR

desfazer as malas, abrir zíperes, não quero tirar a areia do corpo.
quero viver entre os montes me dissolvendo na água e sal. quero me embriagar do suor pelando quarenta graus. prefiro afundar no empuxo do mar do que me asfixiar nessa geométrica secura.
não quero abrir as malas, quero continuar surda com grãos de areia no ouvido, quero continuar com cheiro de filtro solar e com seu gosto dentro de mim.
quero sentir pedra calor enjoo. quero passar mal fumando cigarro, quero acordar no seu cubículo de um ventilador roto. quero me sentir derreter contigo no suicídio caloroso de um abraço.
só continuo aqui escrevendo porque não vale a pena pular da ponte jk tanto quanto da barca rio-niterói, onde nem os peixes te deixam sem ar.
o céu, o sol e o mar ao som de o céu, o sol e o mar. quero respirar aquela marola de amor e calor por todas as estações.
ainda caem grãos salinos de meus olhos.

samedi 8 janvier 2011

não existe laço social que ate a natureza, gabriela

mercredi 5 janvier 2011

silente

a fala súbita é tanto tal, mesmo, e aí, tudo bom? ontem, como foi? todo mundo bem? hahaha! tchau. que só sobram soçobradas letras vazias, carentes e famintas; e as eternas lápides da pontuação.
cada vírgula, reticência, é facada no fluxo esperançoso por qualquer porvindouro desconhecido que incognoscivelmente se almeja. cada ponto só deixa carcaças para trás, deixa o que efemeramente viveu apenas enquanto inflado de sentido mas longe de agulhas.
os discursos são bolhas-de-sabão que não refletem arco-íris.

dimanche 2 janvier 2011

criança morre afogada por hipertrofia dos sentidos

é tanta beleza no mundo que dá vontade de morrer.