dimanche 30 janvier 2011

há um ano, embriaguez e amor

bárbara b
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show details 1/30/10

sabe, o que a ebriedade me lembra a todo momento epifânico é que o que dói é a virtualidade extrema, é o não saber se o que existe é ou apenas se refugia no deleite da imaginação. nunca sei se o você-celui-là é de verdade ou se é devaneio meu. nunca sei dizer se o que te digo ou supostamente ouço é verdadeiro ou se foi apenas cria dos narcóticos. eu queria que você existisse de verdade, mas até agora, ante a vigília ou o onírfico, e a embriaguez e a sobriedade, eu não sei se existe ou não. e isso dilacera sabe, isso degola toda a volição, e se alimenta da indecisão, e do estado estático e lacônico do não-ser. e explodde sinmplesmente na euforia raivosa, plena de ira, da condição de não ter noção do que se é e que se espera; não se sabe se se pode esperar ou almejar qualquer coisa, e mesmo com a tentavia de escurraçar toda esperança maldita, sobra aquele resquicio de que uma miragem desértica pode aparecer a qualquer momento e te enlaçar como se não oucvesse amanhã. é isso que dói, entende. é isso que gera toda ira irascível e toda a insuportabilidade etílica que eu despejo sem ou com querer. chega no apice de reflexão do queria ou não que existisse. porque dilacera sabe. a carência que se acostuma com um ser (que eu queria exemplixar com um adjetico mas só lembrarei na sobridade), um ser que teoricamene me faz bem e me acalenta no mau (mal?). mas aí vc some quase definitavamente e aparece, e isso me dói.. não consigo lidar com a alteridade inconstante, o meu próprio me dói constantemente e me lança, jeter literalmente na merda, na vontade contida e no desejo contido. e vc aparece ai, resplandecente no vazio, como se estivesse sempre ai.
então, ou seja ou não seja. ou apareça ou não. me martiriza essa impossibilidade, esse lugar da ausência que resta no limbo dae xistencia. ou se é ou nao se é. não que eu queria cair num parmenidizianismo. mas mesmo num heraclitsmo, que seja um devir que não alimente minha destruição, pq to exausta de nao conseguir lidar com a solidao e cair na multidao dentro da embriaguez e da cocaina, e acordar no dia seguinte com hematomas passeando pelo meu corpo e uma dor "moral" que nunca sei ex´plicar.

vc pode (ou deve) ignorar tudo isso que digo, mas nao sei, exista mesmo, por favor.
se vc nao quiser nao precisa existir, mas poderia ao menos se misturar à nevoa.
foi mal por sei la
je danse, donc je suis, c'est vrai
excusez-moi
desculpe por tentar poetizar e dramtizar tudo
msa vc ha de concordar que a poesia fala alem do que a vida eh, do que a vid almeja
c'est ça.

lundi 24 janvier 2011

redondidade alva e polida

seu cheiro ecoa, ressoa em meus ouvidos e a cada palavra tua sibilada fico envolta por tua alvura de pureza. cada letra que leio encarna tua face, e cada tropeço teu encadeia meus pontos finais. essa essência se apodera de tudo, e toda percepção é reflexo teu. me acalenta teu canto de pureza seminal.

dimanche 23 janvier 2011

bêbada de água suja

tenho medo de encostar nas coisas e sentir de novo a tatilidade do real. tenho medo de tomar banho e descorar como guache sobre tela. tenho medo de abrir minha bolsa e ler recibos que me registraram lá. tenho medo de olhar pela janela e não ver o mar. tenho medo da brahma voltar a ser ruim. tenho medo de enfrentar a arquitetura fascistóide do olhar incisivo. tenho medo da ducha quente e da noite fria.

arpoaDOR

desfazer as malas, abrir zíperes, não quero tirar a areia do corpo.
quero viver entre os montes me dissolvendo na água e sal. quero me embriagar do suor pelando quarenta graus. prefiro afundar no empuxo do mar do que me asfixiar nessa geométrica secura.
não quero abrir as malas, quero continuar surda com grãos de areia no ouvido, quero continuar com cheiro de filtro solar e com seu gosto dentro de mim.
quero sentir pedra calor enjoo. quero passar mal fumando cigarro, quero acordar no seu cubículo de um ventilador roto. quero me sentir derreter contigo no suicídio caloroso de um abraço.
só continuo aqui escrevendo porque não vale a pena pular da ponte jk tanto quanto da barca rio-niterói, onde nem os peixes te deixam sem ar.
o céu, o sol e o mar ao som de o céu, o sol e o mar. quero respirar aquela marola de amor e calor por todas as estações.
ainda caem grãos salinos de meus olhos.

samedi 8 janvier 2011

não existe laço social que ate a natureza, gabriela

mercredi 5 janvier 2011

silente

a fala súbita é tanto tal, mesmo, e aí, tudo bom? ontem, como foi? todo mundo bem? hahaha! tchau. que só sobram soçobradas letras vazias, carentes e famintas; e as eternas lápides da pontuação.
cada vírgula, reticência, é facada no fluxo esperançoso por qualquer porvindouro desconhecido que incognoscivelmente se almeja. cada ponto só deixa carcaças para trás, deixa o que efemeramente viveu apenas enquanto inflado de sentido mas longe de agulhas.
os discursos são bolhas-de-sabão que não refletem arco-íris.

dimanche 2 janvier 2011

criança morre afogada por hipertrofia dos sentidos

é tanta beleza no mundo que dá vontade de morrer.