vendredi 30 novembre 2007

quimérico

oh minha doce ilusão, como fizeste isso?! acabaste com todas minhas esperanças e projeção de fé nos humanos.
provocaste imensurável acesso de cólera, uma ira contagiosa tal qual tuberculose. enegra toda vontade de viver e te abandona aos cuidados assassinos dos vícios e da boemia.

meu protótipo perfeito. como foste me trair?

jeudi 29 novembre 2007

passion

Nunca pensei que tal sentimento
Nobre de coração
Pudesse ser raiz
De qual enorme obsessão

Se apodera de todos momentos
Alegria, amor, depressão
Toda a vida converge num ponto;
De vidas tornei-me ladrão

Nem o exorcismo que concede
Uma chance de salvação
Desta sina em que estou preso
Escravo me tornei da paixão

lundi 26 novembre 2007

dimanche 25 novembre 2007

alteridade

o odor do tabaco vem a me acariciar. dança com o vento, nessa infinidade azul alucinante; aladas, aves passeiam pelo firmamento, como a única razão de sua existência.
e eu, aqui.aproveitando os míseros momentos da minha solidão esporádica. tento tecer uma razão para mim, achar algum sentido, analisar tudo e todos.
ouço barulhos indeterminados por todos os lados. uma gigantesca mosca entra, num zumbido para me aterrorizar, e no mesmo instante, sublima.

já não reconheço minha feição no espelho.
já não reconheço meu próprio nome.

vendredi 23 novembre 2007

inércia cinética

Céu azul. Parcialmente azul. Tal azul acinzentado, penetrante com suas formosas nuvens sem formato definido. Dia introspectivo.
Folhas. Dotadas de um obscuro verde-escuro. Contrastam com a claridez momentânea e vívida do sol.
Encontro. Andar, horas e horas a fio, em contato com o chão. Contato consigo mesma. Tudo é tão seu, e você é tão tudo!
O sentimento agonizante se esvaiu. Agora, só você e as palavras. Tão sedutoras, tão verdadeiras. Transmutam, e entram em você. Conhecem-te e compreendem! São as verdadeiras companheiras.

Com palavras não há espera.

lundi 19 novembre 2007


tudo

nada são além de imagens, armazenadas bem fundo em sua memória. não existem, não são palpáveis, não têm identidade própria. não são sem você.
quando morrem, não cessam de existir. o que morre é você, uma parte sua, o que ela completava em você. morreu a imagem na sua cabeça.
nada além de você. nada em você. Nada.

luz

temo tornar-me igual à ele. sem sentidos, noção do real, vagando num mundo imaginário e sucumbindo à primeira sombra do perigo.
não é verossímil. como tinha enxergado luz e lucidez! não devias ter tomado meu chá alucinógeno, nem mordido meu biscoito da insanidade. jamais deverias ter me provado.
provoquei a fusão de uma mente brilhante.

mercredi 14 novembre 2007

confusão de tempos verbais. expressão.

E eu já mudei tanto. Não sou a mesma de quando me conheceste. Tanto adquiri desde que nos separamos. Aliás, nunca sou e nunca fui a mesma. Estou em constante transformação.
O que e qual seria a minha essência? A metamorfose permite sua existência? Sou a soma e a subtração, sou antítese e paradoxo (sou tudo e nada).
Me achas a mesma? Ainda me reconheces? Permaneço com a razão de tua repentina paixão? Ou foi outra parte efêmera de minha suposta essência?
Penso, ms não existo. A dúvida precede a essência e a existência.

lundi 5 novembre 2007

mecanicismo

eu, eu. não mais tomo café, nem sinto aquele prazer ao fumar. comer? não tenho mais tempo. cinema, filmes.. tudo restrito à memória.
agora tudo é mecânico. horário, escola, horário, ônibus, horário, curso, horário, inglês. não consigo mais respirar, não sei o cheiro do ar.
aonde esqueci minha vida?

samedi 3 novembre 2007

viver

sensação de nostalgia... mas nada tenho a dizer. não quero me submeter à dor, nem perder um chance de viver..
é tudo tão rápido, ainda não assimilei a mais simples adição. queima, bastante.. minha cabeça não aguenta a tensão.
não queria matutar imagens na minha cabeça, muito menos sentimentos. tão imaturos, mas tão intensos! será a verdade visível, ou tudo pura e simples ilusão de ótica?