a obsessão doente da madrugada
que atiça a centelha do vazio
a pele, pelo frio ofuscada
o calor, preso num desvario
mente vazia, oficina do diabo
a vermelhidão mãe dos prazeres
toque no puro e no sujo, do rabo
o utero decompoe-se em simples dizeres
fetos escorrem pelo chão imundo
à sombra do mais fajuto ciume
amor paranoico, de pesar profundo
da decadencia esgarço ate chegar ao cume
dos prazeres, sou toda a morbidez
da genialidade, sou a margem da loucura
na suspensão existencial perco a lucidez
a vontade é encarcerada na censura
lundi 3 août 2009
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