samedi 18 avril 2009

there's no

esses tijolos cor-de-barro, involtos pelo cimento cinza-concreto, continuam a me rodear. não rodear, pois essas retas do corredor infinito tudo formam menos uma curvatura de 360º.
esses tijolos. capturam a fumaça, no clima da penumbra. e a respiração se torna difícil. concentração então, impossível.
o monóxido de carbono faz o coração bater mais rápido. e, novamente, a angústia se incorpora. o estático só torna o paralítico mais forte.
visão ofuscada. tudo parece tijolo na penumbra em pleno verão. a música vai crescendo, atingindo o ápice da aflição.
para que solos de sete minutos?
o estômago vai se corroendo aos poucos, pura auto-destruição. pedaços de comida voltam, junto às cinzas do cigarro. tal chaminé entupida de fuligem, nada mais passa por aqui.
o lastro de fumaça preso no tubo de ensaio, sufocando tudo que já nasceu morto. tudo se corrompe. continuamente.
cada momento de epifania resgata mais e mais aquele gosto agridoce da morte. da inquietude diante a paz. da calmaria inexistente no pacífico.