lundi 20 septembre 2010

dói, dói, dói

ele tem mãos dotadas de extrema alvura. unhas transparentes que obedecem o contorno dos dedos, macias e quentes.
ele sempre aquece e ruboriza o (meu) corpo. sua presença consterna e paraliza, e abre o orifício da auto-sabotagem como defesa.
sua fala passível de obstáculos, com uma estranha cadência fora de compasso e uma ânsia inefável que o consome me são reconfortantes.
o cheiro de recém saído do banho, a barba feita que lhe tira vários anos de idade. ah, o cheiro doce de quem não tem malícias, de quem transpira suspiros...


não consigo