mercredi 3 novembre 2010

do dia dos mortos (prefiro mortos a finados)

corpos e corpos e mais corpos luzes lancinantes alucinantes tinas com gelos e latas mais latas e corpos. álcool. e aquele sentimento do que fez mas não foi desfeito, o que passou mas tá marcado.
sou muito pouco. sinto aquela lacuna de mim onde não tenho o que para preencher. é um vazio grande, que se lota de entes mas não tem fundo. que nem estômago de gordinho.
a gente cansa. e nessas horas, hipostasio a dor e sonho com aquele suicídio coma, onde a gente volta a viver quando quer.
não tô conseguindo mais organizar as coisas direito. o caos vai desde manchas de vinho em meu lençol até as minhas sinapses. sentido já não via, mas nem a inércia do hábito que me fazia levantar todas as manhãs tá funcionando mais.
essa coisa de amor platônico não leva ninguém a lugar algum. acho que tá chegando no cume do masoquismo que nem quando eu pensava que a maior ação de crueldade é o pensar auto-reflexivo.
pensar os outros enquando projeção de você deixa meio louco. pensar na perda de tempo que é esse álcool-unb-festinha que é como um trepar sem gozar deixa meio louco. a falta de vontade de abrir os olhos também. mas talvez isso tudo aqui seja uma grande mentira.