mardi 13 octobre 2009

duas verdades

eu prefiro perder um tempo no lampejo e nas vivências. mas por trás do acrílico e com brilho de perseguição, mas pelo prazer estupefato. pela revelação profética que alaga a íris e contrai a faringe, que bambeia gravetos e disseca corações.
os laços explícitos que parecem cadeias causais da providência são afiar da lâmina nos olhos com óleo vermelho retumbante. cega mas faz cheirar o tatear nas papilas gustativas o gosto da saudade.
a mandíbula não mais se fecha e a boca seca. a sinestesia remete ao instantâneo. o estranhamento que se perde após o ponto ainda deixa reluzir o branco da lacuna sentido. mas você lembra o aperto, o cheiro de testosterona feminina, o sotaque de oposição aoutro amor. e agora segue os nós e sente a palato esfumaçada, a mão pesada em contraste ao corpo leve, as linhas nasais e a frequência da voz.
o aperto penetra do externo pro interno. e as alucinações, a perspectiva grotesca percepção, a cor do movimento contínuo e linear, perene visualmente. ânsia estomacal da sinestesia, paranóia social e ritmos incansáveis do atabaque. querem me matar. quero fumar mas não acho minhas mãos. quero levantar mas o chão repele meus pés. quero mudar de frequência, girar o botão, mas só caibo no mundo dos semi-vivos semi-mortos.
ontologizo a crueldade como existencial, e como mártir esfereográfica, me perco na dor do embaralhar de letras ao esperar que minha redenção me volte ao inferno.

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