lundi 11 juin 2012

melancolia

entre o campão e o céu é tudo nosso. nossa grama pinicante, nosso madraçal de lama, nosso brilho no escuro, nosso vazio e nossa água sublimada. as facetas de tormenta e gozo que se escondem entre as traves, o branco lascado que circunda o enferrujado, seu meu zíper aberto e a vontade lancinante de transgressão. o sangue que pulsa retumba mas não pode transbordar, porque nossa miami é encarcerada na insatisfação do gozo contido que se satisfaz. pertencemos um ao outro sem nunca nos tocar.

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