vendredi 28 décembre 2007

sorrow

te descartam na coleta seletiva
és vítima fácil do ostracismo
teu destino não te quer viva
defeitos te empurram no abismo

entraste numa espiral de problemas
cais sem a chance de parar
sugam teu fulgor num enema
o caos mental se tornou teu lar

o silêncio te mata aos poucos
dói a solidão da despedida
começaste a viver no mundo dos loucos
definhas no final, totalmente perdida

mardi 11 décembre 2007

éter

meus membros vão caindo pelo chão
meus órgãos já não funcionam mais
todo meu corpo apodrece sem razão
meu barco não encontra seu cais

toda esperança se transformou em dor
rapidamente, vejo a vida correr e passar
estupefata, permaneço no estupor
o sujo e devasso, não consigo agarrar

não tenho mais vigor, só me resta sofrer
debilitada me tornei pelo erro humano
minha luz vagueou, pôs-se a se esconder
estou pronta pra renunciar a essa vida mundana

lundi 10 décembre 2007

olhos da morte do sol

estou absorvendo. deglutindo toda a tristeza que há em mim.
pasta saponácea, dentes caem. até a vulgar psicanálise consegue me decifrar.
tudo é muito claro para quem me conhece. transparece, vem de dentro dos meus ossos.
sem refúgio, presa na redoma da dor. o mundo não vale mais a pena. na verdade, nunca valeu.

vendredi 7 décembre 2007

céu azul

a paisagem se demonstra tão diferente. não me identifico mais a esse lugar, não mais me pertence.
tudo exala tanta vida, esse verde regado de chuva. nunca pensei que uma prisão se mostrasse tão bela para nos alienizar.

às vezes até sinto uma mísera vontade de ficar.

mercredi 5 décembre 2007

entrei em decomposição cedo demais





decomposição
composição
posição
são?

mardi 4 décembre 2007


..

Largar
Largar
Não precisar
Não depender
Ser.

Concreto
Libertar.

Ser.

samedi 1 décembre 2007

cerveja e pão

fui abandonada. o ralo sugou o que o tempo levou anos para construir. largada na sarjeta, com a sujeira do nada.
minha vida onírica, correta e estabelecida, escoou com a água suja. foi para o submundo junto com os dejetos, se perdeu no esgoto.
enquanto ela ascende com o furto da minha vida, sou renegada aos excrementos.

vendredi 30 novembre 2007

quimérico

oh minha doce ilusão, como fizeste isso?! acabaste com todas minhas esperanças e projeção de fé nos humanos.
provocaste imensurável acesso de cólera, uma ira contagiosa tal qual tuberculose. enegra toda vontade de viver e te abandona aos cuidados assassinos dos vícios e da boemia.

meu protótipo perfeito. como foste me trair?

jeudi 29 novembre 2007

passion

Nunca pensei que tal sentimento
Nobre de coração
Pudesse ser raiz
De qual enorme obsessão

Se apodera de todos momentos
Alegria, amor, depressão
Toda a vida converge num ponto;
De vidas tornei-me ladrão

Nem o exorcismo que concede
Uma chance de salvação
Desta sina em que estou preso
Escravo me tornei da paixão

lundi 26 novembre 2007

dimanche 25 novembre 2007

alteridade

o odor do tabaco vem a me acariciar. dança com o vento, nessa infinidade azul alucinante; aladas, aves passeiam pelo firmamento, como a única razão de sua existência.
e eu, aqui.aproveitando os míseros momentos da minha solidão esporádica. tento tecer uma razão para mim, achar algum sentido, analisar tudo e todos.
ouço barulhos indeterminados por todos os lados. uma gigantesca mosca entra, num zumbido para me aterrorizar, e no mesmo instante, sublima.

já não reconheço minha feição no espelho.
já não reconheço meu próprio nome.

vendredi 23 novembre 2007

inércia cinética

Céu azul. Parcialmente azul. Tal azul acinzentado, penetrante com suas formosas nuvens sem formato definido. Dia introspectivo.
Folhas. Dotadas de um obscuro verde-escuro. Contrastam com a claridez momentânea e vívida do sol.
Encontro. Andar, horas e horas a fio, em contato com o chão. Contato consigo mesma. Tudo é tão seu, e você é tão tudo!
O sentimento agonizante se esvaiu. Agora, só você e as palavras. Tão sedutoras, tão verdadeiras. Transmutam, e entram em você. Conhecem-te e compreendem! São as verdadeiras companheiras.

Com palavras não há espera.

lundi 19 novembre 2007


tudo

nada são além de imagens, armazenadas bem fundo em sua memória. não existem, não são palpáveis, não têm identidade própria. não são sem você.
quando morrem, não cessam de existir. o que morre é você, uma parte sua, o que ela completava em você. morreu a imagem na sua cabeça.
nada além de você. nada em você. Nada.

luz

temo tornar-me igual à ele. sem sentidos, noção do real, vagando num mundo imaginário e sucumbindo à primeira sombra do perigo.
não é verossímil. como tinha enxergado luz e lucidez! não devias ter tomado meu chá alucinógeno, nem mordido meu biscoito da insanidade. jamais deverias ter me provado.
provoquei a fusão de uma mente brilhante.

mercredi 14 novembre 2007

confusão de tempos verbais. expressão.

E eu já mudei tanto. Não sou a mesma de quando me conheceste. Tanto adquiri desde que nos separamos. Aliás, nunca sou e nunca fui a mesma. Estou em constante transformação.
O que e qual seria a minha essência? A metamorfose permite sua existência? Sou a soma e a subtração, sou antítese e paradoxo (sou tudo e nada).
Me achas a mesma? Ainda me reconheces? Permaneço com a razão de tua repentina paixão? Ou foi outra parte efêmera de minha suposta essência?
Penso, ms não existo. A dúvida precede a essência e a existência.

lundi 5 novembre 2007

mecanicismo

eu, eu. não mais tomo café, nem sinto aquele prazer ao fumar. comer? não tenho mais tempo. cinema, filmes.. tudo restrito à memória.
agora tudo é mecânico. horário, escola, horário, ônibus, horário, curso, horário, inglês. não consigo mais respirar, não sei o cheiro do ar.
aonde esqueci minha vida?

samedi 3 novembre 2007

viver

sensação de nostalgia... mas nada tenho a dizer. não quero me submeter à dor, nem perder um chance de viver..
é tudo tão rápido, ainda não assimilei a mais simples adição. queima, bastante.. minha cabeça não aguenta a tensão.
não queria matutar imagens na minha cabeça, muito menos sentimentos. tão imaturos, mas tão intensos! será a verdade visível, ou tudo pura e simples ilusão de ótica?

lundi 29 octobre 2007

samedi 27 octobre 2007

garotas

São o refúgio da minha sanidade
Dádivas simplesmente encantadas
Nem essas frases mal-estruturadas
Conseguem explicar divina raridade

Sendo o suporte da minha ascensão
Se tornam indispensáveis para mim
E por aqui tento, por fim
Demonstrar minha eterna gratidão

Pelo sentimento que se faz tão complexo
Por andar ao lado da dor
De quem somos se torna reflexo
A alma simplória, o amor.

jeudi 25 octobre 2007

necessidade de mutação

Sinto-me vítima de minhas próprias predições. Sempre prezei pela auto-suficiência, o bem-estar independente, mas acabo de me atraiçoar.
Caí no alçapão sem fundo da necessidade. Sinto falta da metade já completada. Não me sinto bem comigo mesma.
Toda essa paranóia está a me atrocidar. Não é possível que precise de uma pessoa, medíocre e desprezível, para me sentir bem.
Deveria gostar de mim da maneira em que me apresento, sem precisar mudar. Não deveria crer em todas as críticas sem fundamento, e sim ressaltar minhas supostas qualidades.
Nunca deixe-se abalar por um homem deplorável.

samedi 20 octobre 2007

bucolismo

sol
árvores
flores do cerrado
som dos pássaros e construção

onde é o limiar do natural?
onde se funde o céu e o chão?

(coexistência conturbada)
quanto tempo já se passou?

lundi 15 octobre 2007

métrica medíocre

Você é meu tudo e nada
Meu fálico alter-ego
Meu olhar cego
Minha vã infantilidade

Minha personalidade insólita
Minha dependência maciça
Minha areia movediça
Minha inocência imaculada
Minha inocuidade prevista

Surgiu do vazio para minha razão
Incoerência predominante no cotidiano
O fervor da minha deturpação
Não é mais apenas um mediano

Bom selvagem, minha consolação
Amor e ódio transbordam em mim
Sua inconstância, insano são
Ametábolo, tenta mudar em vão.

Me incompreendes, mas prendo-me a ti.

Você inspiro, respiro hálito de odor ado(r)cicado

Crec
Crec
Crec
....


Afundo mais a cada momento
Suga toda _ _ _ _ minha luz

dimanche 14 octobre 2007


bleh

homens. como odeio os homens. toda a solidariedade cafajeste mútua. todo o orgulho machista patriarcal. toda a autonomia sobre a espécie.
falo. como enojo o falo. essa proeminência carnal que é "dotada" de suposto poder. instrumento de dominação.
como é horrendo, feio, depravado. acha-se o possuidor, sodomizador de virgens. tenta se impor violando a assexualidade. faz-se necessário.
não sei por que ainda não abdiquei.

(medonho, intimidador)

samedi 13 octobre 2007

libertinagem

eu sou a pior parte de mim.

mercredi 10 octobre 2007

lundi 1 octobre 2007

alcatrão

cigarro, meu amante, o único (in)fiel. não me expõe ao mundo, sempre me acompanha a me destruir. destrói o corpo, constrói a mente. tão magnífico acompanha tremores. estável na minha instabilidade, real e palpável no meu simulacro. meu café, minhas drogas, minha nicotina, meu amor. minha possessividade.

mardi 25 septembre 2007

afinidade temporária

ah, como essa espera espanca. todas expectativas se encontram num objeto mundano. essas obsessão vazia, doentia a me depreciar. neurose humana banal, indispensável à decadência. restos de vida, pedaços ao chão do que nunca existiu. o cansaço de tudo dominou. a dualidade do maniqueísmo se completou.

essas relações efêmeras da pós-modernidade...

mercredi 19 septembre 2007

dimanche 2 septembre 2007

absent

Prefiro os desconhecidos. Admirá-los em seu estupor, em sua eterna solidão e superficialidade, é tão relaxante! Quando tudo é dominado e revolvido pela desordem, eles sempre estão a seu dispor. A calmaria inerente que os envolve te sequestra, é a única sensação imutável. São seu único conforto e única salvação. Os únicos com quem sempre se pode contar.

dimanche 26 août 2007

samedi 18 août 2007

quero regar minha vida com o caos, venerar a desordem de tudo, fazer do anti-sistema minha realidade. é deveras cansativa a monotonia do correto, certo, direito. não me leva à lugar nenhum.
quero o novo intenso, conhecer a desestabilidade, flutuar de extremo à extremo. canalizar todas as coisas, conceitos, concepções e me personificar a negação.
quero ser a contradição.

vendredi 17 août 2007

gramaticalmente incorreto

me atraem as peculiaridades humanas. os defeitos, perversões ou feridas e tudo de depravado quanto a sociedade. é horrendamente belo o "erro" humano, a marginalidade quanto a perfeição.
tal magnetismo me fascina, as fraquezas do ser parecem me completar. contemplar tais míseros problemas faz-me sentir viva, palpita meu vascularizado músculo e pulsa minha hemoglobina.
as ditas virtudes, irrefragáveis e irrefutáveis valores, são os que apodrecem a identidade. o bem chega a ser uma alienação, uma mísera linha de produção, todos com a validade vencida.
essa é a minha exaltação ao errôneo, meu ode ao errado.

nosocômio

um odor horrendo de assepsia infecta esse local. todo esse branco, verde, cinza, cegam aos poucos minha clareza mental. esse som, tumulto de moribundos nojentos, para minha audição é fatal. manadas de corpos em putrefação, a vista dessa decomposição é letal. não há lugar mais desprezível, deplorável e penoso do que se demonstra este hospital.

mardi 24 juillet 2007

olhos nos olhos

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos no olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Ce sabe a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

(chico buarque - 1976)

-

verdades indubitáveis foram ao chão
toda credulidade conquistada se esvaeceu
nossa cumplicidade mostrou-se fajuta
à entropia nossa vida se rendeu

fez do meu ser uma simples piada
com seu tom jocoso, me reduziu à lixo
vingança por ter uma vida fracassada
despedaçou minha vida por puro capricho

novamente, sem mim segue seu rumo
nesse cotidiano deveras monótono
com o arrependimento, se entrega ao fumo
deplorável, com o desprezo uníssono.

(enorme desgosto por perder meu precioso tempo com essa ilusão hipoteticamente real)

¨¨

não posso desistir de mim
para sustentar o nosso crepúsculo
nunca imaginei existir um fim
para o nosso imenso amor vadio,
infelizmente, o teu perdão foi tardio.

como fostes o criador de minha alegria?
havias criado minha crença no amor
e apenas, no passar de um dia
mostrastes tantas faces desconhecidas
sumistes com todo o nosso fervor.

agora, não sabes como sinto tua falta
tudo em mim dói sem sua presença
pior, é não poder te aceitar de volta
pois assim, trairia minha consciência.

(para as palavras que nunca deveriam ter sido ditas)

post scriptum: (e os atos nunca necessários)


é, realmente a sociedade moderna é fruto da probabilidade

dimanche 22 juillet 2007

antes da verdade

A dor é tão real.
como um erro tão insólito
não-digno de atenção
tomou proporções gigantescas
resultando na nossa separação?

Escândalos, escarcéis desnecessários
jogamos fora uma vida em vão
como podes ter descartado
todo o meu amor, minha paixão
a ti que me devotei, me entreguei.

Agora, já tarde demais
chegas para me implorar por perdão
mas, com todas as mágoas que passei
e tantas lágrimas que por ti derramei
percebi que quebraste meu coração.
só de pensar que já fui feliz, mas foi tudo bueiro afora por besteira. é a dor generalizada, como se todos os órgãos padececem, apodrececem dentro do meu corpo.

jeudi 5 juillet 2007

mardi 3 juillet 2007

perene

permanecemos, sem motivo
no eterno paradigma
nunca teremos refúgio
ou uma vida digna

na qual, a moral será mudada
e criaremos nossas próprias regras
finalmente o livre arbítrio
não mais parecerá piegas

como foi, em dias que
liberdade era escravidão
e a esperança persistia
sem motivo ou razão

quanto mais conquistamos
menos acreditamos
e, vamos caminhando
para o fim onde

não há crença
que console, e
cada vez mais individualistas
acabamos por nos destruir



toda sociedade tende a ruir

desprezível

sua perfeição me dá náuseas
esgota minha tolerância
sua busca pelo inatingível;
me enoja sua arrogância
sua vontade de ser alguém

lundi 18 juin 2007

cotidiano

a saudade iminente já me aflige
o final é sempre mais intenso
horas de carícias se esvaem
o sofrimento é sempre propenso

como me dói a partida
e a incerteza do próximo olhar
por mais que sempre vá embora
séssil, estou a te esperar

agonizante se torna um simples adeus
a falta do seu calor me dilacera
vazia sem a segurança do seu toque
se arruina toda minha figura austera

admirável como me transtorna
essa sua apatia passional
suas mãos, meu corpo contorna
sinto-me viva, sem igual

ah, sua respiração eu sinto
deliciosa, ofegante em meu pescoço
amor como este está extinto
é, da perfeição você é meu esboço



(meu sentimento mais singelo
é, como por este amor eu zelo).

furto da vida

a dependência acaba, arruina
de tão mortos, se deduziu chacina
perda de tempo, confraternização humana
herege prefiro a ser com uma vida profana

jeudi 14 juin 2007

rimas pobres não chegam a me corromper

de estradas que nunca atravessei
o itinerário surge em minha frente
gosto de ser manipulada mesmo quando
a dúvida me mata cruelmente

a ansiosidade e a obsessão já se apossaram
de todo o vazio da minha imensidão finita
chegam a perfurar o âmago do ser
oh sentimento cujo nunca verei a partida

cansada estou de tal instabilidade
a espera que não leva a nada
passo a diminuir, cada dia
mais próxima da morte sou levada

rimas pobres não chegam a me corromper

passagem subterrânea

21h

Um silêncio e um vazio encorajadores dominam a cidade. Todos trancafiados em suas moradias, assolados pelo medo do suposto perigo mortal.
Será que não percebem que eles próprios são o perigo? Estão destruindo suas mentes, corpos e essências com tal precaução. Privam-se de viver para viverem mais.
Viver ou vegetar? Será a morte tão ruim a ponto de seguir com tal sofrimento entediante que é a vida imposta? É a vida tão importante assim?
A humanidade segue com essa estupidez chamada vida precavida na crença de que, ao alcançar a senilidade, entenderão a vida em si.
Pois, não vão. Nunca vão. Como compreender a vida se nunca a viveram, se restringiram a teorizá-la?
Erros fatais da humanidade.

dimanche 10 juin 2007

é incrível como a criatividade é inibida pelos fatos. o tempo não está a colaborar.

dimanche 3 juin 2007


Deus é fruto do ócio dos conformistas.

jeudi 31 mai 2007

novos frutos da modernidade.

Você abdicou toda sua grandeza em nome da mais abominável "virtude". O conceito que suga todo seu conteúdo, o qual todos no caminho pela busca acabam por entregar a vida.
Agora, sente-se no mais mórbido e profundo vazio. O consumismo aniquilou seus bons sentimentos. Simplesmente, tornou-se vítima da maior praga da humanidade: a estética.

Você se vendeu para o demônio, personificação da vaidade. Assim, adquiriu o meu desprezo.

perdi uma parte de mim.

mardi 29 mai 2007

incoerência

A atração por novos sentimentos, sensações, é fascinante. Porém, tudo pára num momento: está a se enganar?
O amor como arquétipo é eterno, mas a partir daí é inexistente. Como saber se o que sinto é o amor, sendo o "amor" real tão subjetivo?
Não passa de uma necessidade egoísta de se preencher, se sentir bem, ter um sentido. O amor é fruto do egocentrismo, serve para forjar uma razão existencial.
Como se entregar passionalmente a tal sentimento corrupto e sem sentido moral? Não passa de meras ligações neurais e serotonina. Não passa de perpetuador da espécie, agente para adequação.
O amor é incoerente.

lundi 28 mai 2007

needs

Você me dilacera por dentro
você cria meu apelo aos clichês
toda sua bondade, magnitude
tudo ao meu ódio nutre
extrema paixão por ti.

Como poder ser tão virtuoso
ah, como odiar-te me faz mal
quando sei que és melhor que eu
pois minha solidariedade já morreu
ah, como odeio te amar.

que essa melodia amenize meu sofrimento

Todos os pensamentos
insólitos
que habitam minha mente
são frutos do teu ardor

Em cada momento
mero segundo
da minha existência, almejo
ser digna do teu amor

Homônimo esse, destruidor
de ambições praticamente
hipotéticas
Homônimo esse, provocador
de tal enorme, intensa
maldita dor.

dimanche 27 mai 2007

maçã

A solidão é aterrorizante. A idéia de permanecer sozinha na multidão me parece tão quanto sufocante, a presença humana é sufocante.
Por mais que a auto-suficiência fosse idealizada e que a interferência das pessoas - seja - insuportável, a melancolia da solidão é mortífera ao meu ver. Assim, o convívio social tende a ser estranhamente incompreensível, frente à mediocridade e oportunismo humano.
E quem diria que passaríamos por isso tudo apenas para não morrermos sozinhos?